Reginaldo von Zuben discute a doutrina da Trindade, formulada durante os Concílios de Nicéia e Calcedônia em resposta a heresias teológicas, definindo-a como “una substantia – tres persona” através do conceito de homoousios. Ele destaca a relevância contemporânea dessa doutrina para a igreja e a fé cristã, especialmente em um mundo marcado pelo individualismo, sectarismo e exclusão. A Trindade oferece lições sobre unidade na diversidade, comunhão integradora e o aspecto missionário, com Cristo como exemplo de autoesvaziamento e obediência.
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O artigo de Carlos Eduardo Calvani discute as diversas reações ao filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson, destacando como ele gerou tanto apoio quanto críticas. Enquanto algumas lideranças religiosas viram o filme como uma ferramenta para atrair pessoas a Jesus e, por extensão, à igreja, muitos críticos condenaram a violência excessiva e acusaram o filme de promover fundamentalismo e anti-semitismo.
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O artigo de Luigi Schiavo explora a história do anjo Lúcifer, que se torna um demônio após se apaixonar por uma mulher, e como essa narrativa é refletida no filme “Cidade dos Anjos”. A pesquisa busca entender por que a mulher, o sexo e o amor sexual são frequentemente culpados pelos males da humanidade, analisando paralelos em diversas literaturas e mitologias. O objetivo é promover novas relações entre homens e mulheres, livres de medos e preconceitos, e oferecer uma leitura libertadora dos textos bíblicos, que muitas vezes foram usados para oprimir mulheres, mas também contêm histórias de resistência feminina.
O artigo de Carlos Eduardo B. Calvani aborda a imagem distorcida de Paul Tillich popularizada por grupos evangélicos conservadores no Brasil durante os anos setenta, que criticavam sua linguagem filosófica e suposta falta de atenção à espiritualidade. No entanto, Calvani destaca que Tillich também se preocupava com questões espirituais, como evidenciado em seus sermões, que ainda não foram traduzidos para o português. Esses sermões revelam um Tillich pregador, que buscava comunicar a mensagem do Evangelho de maneira relevante e prática, desmistificando a ideia de que sua teologia sistemática era desconectada da vida devocional e dos problemas pessoais e sociais.
Carlos Eduardo B. Calvani homenageia seu amigo e ex-professor Jaci Maraschin, destacando sua influência como teólogo, músico, compositor, poeta, educador e sacerdote. Calvani evita uma abordagem teórica, preferindo uma perspectiva pastoral baseada em uma homilia que fez em uma liturgia in memoriam. Maraschin, conhecido por seu bom humor e sensibilidade, foi professor de várias gerações de clérigos e bispos anglicanos no Brasil e deixou um legado significativo na teologia brasileira.