“O Essencial de Jesus” de John Dominic Crossan, publicado pela Editora Best Seller, é uma obra que sintetiza as pesquisas do autor sobre o Jesus histórico e o cristianismo primitivo. Crossan distingue entre o Jesus canônico, retratado nos evangelhos oficiais, e o Jesus histórico, que viveu na Galiléia. Ele argumenta que o Jesus essencial tinha um sonho religioso e um programa social, cuja conjunção levou à sua crucificação pelo Império Romano. A obra destaca a relevância contínua de Jesus como figura histórica e não apenas teológica.
“As Parábolas de Jesus” de Joachim Jeremias, traduzido por João Rezende da Costa e publicado pela Editora Paulus, é uma obra que reflete a abordagem do teólogo alemão nascido em 1900. Jeremias, seguindo a teologia liberal, fundamenta sua fé no Jesus histórico, acreditando que a metodologia histórica pode comprovar a messianidade de Jesus. Ele é crítico em suas análises, mas conservador em seus resultados, utilizando o Jesus histórico como medida do evangelho. Jeremias faleceu em 1979, deixando um legado significativo na teologia.
Leia mais: Resenha de “JEREMIAS, Joachim. As Parábolas de Jesus”
Wayne A. Meeks, em sua obra “O Mundo Moral dos Primeiros Cristãos”, destaca a importância de entender os escritos do Novo Testamento e outros textos cristãos primitivos no contexto das comunidades cristãs. Ele argumenta que esses textos visavam moldar a vida dessas comunidades, enfatizando que os argumentos e normas neles contidos só podem ser plenamente compreendidos dentro de seus contextos sociais e culturais. Meeks descreve o movimento cristão primitivo como o desenvolvimento de “comunidades de discurso moral”, onde a vida cotidiana era regida por necessidades, ciclos de trabalho e costumes tradicionais. A identidade e a honra familiar desempenhavam um papel crucial, e o comportamento que envergonhasse a família era severamente condenado. À medida que o movimento se expandiu além das vilas da Judéia e da Galiléia, essas dinâmicas continuaram a influenciar as novas comunidades cristãs.
Leia mais: Resenha de “MEEKS, Wayne A. O Mundo Moral dos Primeiros Cristãos”
John P. Meier, autor de “Um Judeu Marginal: repensando o Jesus Histórico”, é um padre católico e renomado acadêmico especializado em Novo Testamento. Ele lecionou na Universidade Católica da América do Norte e atualmente é professor na Universidade de Notre Dame, Indiana. Meier possui um doutorado em Escrituras Sagradas pelo Instituto Bíblico de Roma, onde foi laureado com a medalha papal de ouro. Ele também recebeu honras semelhantes na Universidade Gregoriana. Ex-presidente da Catholical Biblical Association, Meier é autor de diversos livros e artigos, e foi editor do Catholical Biblical Quarterly, consolidando sua reputação como um dos principais estudiosos bíblicos contemporâneos.
Leia mais: Resenha de “MEIER, John Paul. Um Judeu Marginal: Repensando o Jesus Histórico”
Eduard Lohse, em “Contexto e Ambiente do Novo Testamento”, utiliza sua vasta experiência como biblista para explorar o contexto histórico, político, econômico e social que moldou o cristianismo primitivo. A obra destaca a importância de entender o ambiente em que os textos do Novo Testamento foram escritos, argumentando que sem esse contexto, as palavras podem ser mal interpretadas. Lohse detalha a história da Palestina e suas interações com outras culturas, dividindo o livro em duas partes principais: o judaísmo no tempo do Novo Testamento e o ambiente helenístico-romano. Este estudo é essencial para compreender as origens do cristianismo e a intenção original dos autores bíblicos.