Segundo o professor Lourenço Stelio Rega, a história eclesiástica tem sido escrita sob ângulos dogmático, político e narrativo sequencial, mas isso limita seu ensino a uma mera narração de eventos passados. Rega argumenta que fazer história vai além disso, exigindo que professores e alunos busquem juntos o significado dos eventos passados, analisem seus impactos no presente e suas possíveis influências no futuro. O estudo da história deve ser dinâmico, permitindo aos alunos entenderem como eventos passados os influenciam hoje e reconhecerem que são produtos históricos.
Por volta do ano 400, um autor anônimo escreveu uma vida de Policarpo, fingindo ser o sacerdote Piônio de Esmirna. Esta obra, apesar de lendária, inclui a autêntica carta da Igreja de Esmirna à Igreja de Filomélio, relatando o martírio de Policarpo (+- 150 d.C). É o primeiro texto cristão a descrever um martírio e a usar o título "mártir" para cristãos mortos pela fé. Influenciada por narrativas judaicas de II e III Macabeus, a obra se tornou um modelo para o gênero literário entre os cristãos. Renan e J. Lebreton destacam sua importância histórica e hagiográfica. O texto também é notável por um dos primeiros usos da expressão "Igreja católica" e foi redigido por Marcião, copiado por Evaristo.
O texto descreve a história do anglicanismo do Reino Unido aos Estados Unidos e, eventualmente, ao Brasil. Antes da Proclamação da República, a Igreja da Inglaterra estava presente no Brasil apenas para os cidadãos britânicos. A missão que estabeleceu a Igreja Episcopal Brasileira veio dos estudantes do Seminário de Virgínia, posteriormente apoiada pela Igreja Episcopal Protestante nos Estados Unidos. A Igreja nos EUA tem suas raízes no período elizabetano e na colonização da Virgínia, com a fundação da Igreja Episcopal Protestante em 1789.
Leia mais: O Anglicanismo - da Inglaterra para os Estados Unidos, por Sumio Takatsu
"O Pastor de Hermas" é uma obra escrita por Hermas entre 142 e 155 d.C. Este escrito, amplamente considerado na antiguidade cristã, foi muitas vezes visto como inspirado e incluído no Cânon do Novo Testamento por alguns. Utilizado para instruir novos convertidos na Igreja, ele era muito apreciado no cristianismo primitivo, sendo frequentemente citado em obras patrísticas. Embora inicialmente difundido e respeitado, especialmente nas Igrejas gregas, a obra foi classificada como apócrifa após o Concílio de Hipona em 393. "O Pastor de Hermas" é composto por 114 capítulos, divididos em 5 visões, 12 mandamentos e 10 parábolas.
Os começos do anglicanismo datam dos séculos XVI e XVII, durante a Reforma liderada por figuras como Henrique VIII, Thomas Cranmer, Elizabeth I e Richard Hooker. Este período marcou a formação da identidade anglicana, que se espalhou por várias partes do mundo, adotando culturas locais. O "Estudo do Anglicanismo" (1988), editado por Stephen S. Sykes e John Booty, com a contribuição de trinta e dois autores de diversos países, oferece uma visão abrangente da identidade anglicana.