Dom Sumio Takatsu explica que o anglicanismo é fortemente identificado com o Livro de Oração Comum (LOC), considerado essencial para os anglicanos. Embora cada Igreja da Comunhão Anglicana tenha seu próprio livro, todos seguem um padrão comum. O LOC reflete a história, teologia, eclesiologia e espiritualidade das Igrejas Anglicanas e serve como uma fonte para essas disciplinas teológicas, junto com a Escritura e os Credos católicos. O anglicanismo também valoriza a tradição e a razão como fontes da teologia.
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Carlos Eduardo B. Calvani destaca que a canção popular pode ser uma forma de oração "não-intencional", expressando nossos sentimentos e verdade interior. As mais belas orações bíblicas são curtas, mostrando a profundidade de suspiros e palavras que vêm do coração. Citando Eliot e Fernando Pessoa, ele enfatiza a importância da Palavra pronunciada com paixão e a voz do Ser que nos fala através do silêncio, representando o Grande mistério inominável que nos envolve.
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Victor Hugo de O. Marques explora a relação entre liturgia e a necessidade de contextualização. Ele desenvolve os conceitos de liturgia e contexto, evidenciando sua interdependência. A palavra "liturgia" tem origem grega, significando 'ação para o povo' e destacando o valor 'público' da ação. Usada tanto em contextos civis quanto religiosos, na tradução da Septuaginta refere-se ao serviço litúrgico no templo levítico, enfatizando a noção de serviço mais que uma simples ação.
O Rosário Anglicano, descrito pela Revda. June Maffin, utiliza correntes com contas para auxiliar na oração, prática comum em várias religiões ao longo dos séculos. Os cristãos adaptaram formas tradicionais de oração judaica, que evoluíram para as horas e ofícios da Igreja. O Rosário Anglicano possui 33 contas divididas em 4 grupos de sete, diferindo do rosário latino dos Católicos Romanos, que usa grupos de 10 contas. Cada conjunto de sete contas tem uma conta maior, formando uma cruz dentro do círculo do rosário.
O Rito Eucarístico de Caaporã, aprovado pela Diocese Anglicana de Recife, é apresentado em forma de literatura de cordel. Este formato popular e poético torna a liturgia mais acessível e envolvente, utilizando a tradição cultural nordestina para enriquecer a experiência espiritual dos fiéis.