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(O dia 22 de maio é a data escolhida pela Organização das Nações Unidas – ONU, como Dia Mundial da Biodiversidade, para celebrar e chamar a atenção do mundo para a importância da diversidade biológica. E como sem água não há biodiversidade, trazemos o necessário relato da participação anglicana do Fórum Mundial das Águas 2018).
"Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho
E desagua na corrente do ribeirão ...” (Guilherme Arantes)
O Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) 2018, reuniu milhares de pessoas representantes de organizações e lideranças de projetos, que estão acontecendo no mundo inteiro. Foi um espaço de reflexões e decisões urgentes que precisam acontecer em cada lugar onde existe grupo de pessoas, seja na família, na escola, na igreja, na vizinhança, no bairro, nas instituições, nas cidades, nas universidades, nos países, nos continentes, no mundo. Água, direito não mercadoria, este é o foco das ações a partir deste importante evento.
O que vivenciamos em Brasília, na semana de 17 a 22 de março de 2018, em cada momento de relatos, painéis, testemunhos, registros, dados assustadores foram revelados, por coordenadores e líderes de projetos, que visam transformar a realidade de dominação das nascentes, aquíferos, rios, lagos, mares, e a partir dessas práticas, amenizar, organizar e conscientizar as populações que sofrem, ou aquelas, que ainda nem percebem ou vivem, as consequências da violência ao meio ambiente, exercida no uso indevido da água pelas grandes corporações.
Litania pelas mães de todo o mundo
(Revda. Lilian Conceição da Silva, departamento de comunicação e publicações do CEA)
Litanista: que a Ruah (conhecida popularmente como Deus), Mãe que a todas e a todos gerou, sopre sua graça sobre todas as pessoas que vivem a maternagem como diaconia. Rogamos!
Responso: ouve-nos, Querida Ruah!
Litanista: em meio ao caos universal, teu sopro divino gerou vida e pariu o mundo do qual somos parte. Louvamos-te, Ruah!
Responso: ouve-nos, Querida Ruah!
Litanista: desde a antiga Grécia, celebrava-se a chegada da primavera saudando Rhea (Cibele), mãe dos deuses e das deusas. Seria um outro jeito de te chamar?!
Responso: ouve-nos, Querida Ruah!
Na noite chuvosa do dia 11 de abril, quarenta pessoas de várias tradições religiosas (cristãs batistas, anglicanas, católicas romanas, luteranas e presbiterianas), budistas, candomblecistas, umbandistas, espíritas e sem religião, participaram do Colóquio sobre laicidade do estado e a importância de ações articuladas de promoção de respeito à diversidade religiosa. A mesa contou com a participação de especialistas sobre o tema (Sônia Mota, IPU e CESE; Reginaldo Silva, Aliança de Batistas do Brasil; Joanildo Burity, Diocese Anglicana do Recife; Romi Bencke, IECLB e CONIC; coordenada por Valdenice José Raimundo, batista e pró-reitora de pesquisa da UNICAP), que compartilharam seus saberes e suas experiências.
De 12 a 17 de março, ativistas de várias partes do mundo, reuniram-se em Salvador, na 13ª edição do Fórum Social Mundial. Estive presente representando o Centro de Estudos Anglicanos (CEA). No dia 14 de março, coordenei o painel temático “Desafios Afro-Americanos na Luta de Resistência ao Colonialismo”. Dia intenso, de partilha de experiências e perspectivas negras que me encheram de esperança. No dia seguinte, surpreendo-me com a notícia da execução de Marielle Franco, ativista negra lésbica e feminista, e ao ver sua foto logo pensei: podia ser eu. Foi uma de nós!
Em Salvador, dia 12 de março, com uma linda celebração inter-religiosa, teve início a edição 2018 do Fórum Mundial de Teologia e Libertação, com a participação de representantes de várias tradições religiosas, auditório lotado, pessoas vindas de várias partes do mundo se reúnem para compartilhar sonhos e desejos de fazer teologias que promovam libertação para as pessoas mais atingidas pelo cenário mundial de crescimento do fascismo e da permanência do racismo e do sexismo.
O primeiro dia foi também marcado pela Sessão “Economia Política, Resistência e Transformação”, com o painel “Espaços de Contestação: Atividade Teológica de Resistência, Criação e Transformação”, composto por: Gerald Boodoo (EUA); Judith Gruber (Áustria), Adam K.Arap Chepkwony (Quênia), Kochurani Abraham (Índia), Diego Irrarazaval (Chile).
A Revda. Dra. Lilian Conceição da Silva, do departamento de comunicação e publicações, representa o CEA nesse importante Evento.
No último final de semana, teólogas e teólogos membros da Ecumenical Association of Third World Theologians – EAETWOT, vindos da Ásia (Sri Lanka e Índia), África (Quênia), República Dominicana, Chile, Canadá e Estados Unidos e de várias partes do Brasil; compartilharam suas realizações nos últimos anos e reconfiguraram a estrutura da organização, que passa a ter atuação e liderança colegiada em três regiões: Américas; Ásia; Àfrica.
Ficando a coordenação geral sob a responsabilidade da Ásia nos próximos três anos.
Porto Alegre, 12 de dezembro de 2017.
Retiro de Clérigas e Postulantes da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB).
À Câmara dos Bispos da IEAB
Ao Conselho Executivo da IEAB
Ao Clero da IEAB
Ao Povo da IEAB
“Eu lhes asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo,
também o que ela fez será contado para que ninguém se esqueça dela.” Mc 14: 9