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No último Sínodo da IEAB, foi aprovada a indicação da Revda. Lilian Conceição (DAR) para que a Igreja adotasse as questões étnico-raciais como prioridade nos próximos anos, em atenção à Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), estabelecida pela ONU.
Em 2018, publiquei aqui ANGLICANAFRO, que foi uma primeira palavra minha sobre a questão étnico-racial na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB); como também publiquei Por que negra? Uma defesa da teologia negra, que é uma reflexão de Desmond Tutu acerca da Teologia Negra.
Agora, publico aqui esse artigo meu, intitulado Anglicanismo e negritude no Brasil, que visa ser uma contribuição modesta sobre o assunto em questão. Em tempo, agradeço às pessoas que responderam o formulário criado no Google Forms, para que eu pudesse coletar dados para a pesquisa.
Clique aqui e confira mais artigos do autor Rev. Adriano Portela em seu blog.
O Natal é a festa do amor de Deus encarnado, o Deus-Emanuel, Deus conosco, que se fez humano e habitou entre nós e em nós. Celebrar o Natal é celebrar o Deus Emanuel, Deus conosco. É celebrar o Deus de Amor que se fez humanidade.
E o Amor de Deus não pode ser reduzido a belas liturgias e muito menos a conceitos bem elaborados. O Amor de Deus é para ser experimentado, vivido, compartilhado. O Amor de Deus torna-se visível na vida digna e abundante.
Neste Natal Deus nos convida, de novo, seu convite é reiterado continuamente, a experimentarmos e vivenciarmos a força do amor, que transforma e liberta. Que destrói muros e constrói pontes, que renuncia a violência e chama a todas à paz, à fraternidade, à solidariedade e à prática da justiça.
Há muitas situações nas famílias, na sociedade, em nosso país e no mundo que necessitam da força transformadora do Amor.
Se reconhecemos que Jesus criança é o amor de Deus presente no meio de nós e em nós, estaremos comprometidos(as) com esse amor, pois há dois mandamentos fundamentais: amar a Deus acima de tudo e as demais pessoas como amamos a nós. Deus é amor…amemo-nos mutuamente. Deus amou o mundo por isso enviou Jesus.
Nesse Natal, convidamos a voltar nosso olhar a quem tem fome – Jesus inaugurou o Reino de Deus que produz paz como fruto da justiça. A fome afronta a justiça e a dignidade da vida humana. O Amor fica indignado diante dessa situação e é a força motora para nosso testemunho profético e ação solidária. Celebrar o Natal nos impele a partilha do alimento para minimizar o impacto da fome das mais de 19 milhões de pessoas, nossas irmãs. Nos impele à denúncia profética de que a fome é uma afronta a Deus e às suas criaturas.
Zumbi dos Palmares é comemorado no Calendário de Santos do anglicanismo brasileiro.
Herói da resistência do nosso povo negro contra o modelo de escravidão português, Zumbi, herdeiro do trono do Reino do Congo pela linha materna, sendo neto da Rainha de jure Aqualtune.
Aqualtune foi uma princesa congolesa guerreira da casa (dinastia) de Nlanza, que lutou contra os portugueses devido a ter seus direitos sucessórios no trono de Mbwilla negados por estes. Tendo perdido a guerra, foi capturada, escravizada, enviada a Elmina (forte português na costa da África), e traficada para o Brasil, aportando na região de Recife em torno de 1657.
Batizada por um bispo, foi marcada (provavelmente a mando do próprio bispo) com uma flor com um ferro em brasa no seio esquerdo.
Leia mais: 20 de Novembro | Zumbi dos Palmares | Dia da Consciência Negra
Esta breve reflexão quer aprofundar sobre o sentido da “Quinta Marca da Missão” da Comunhão Anglicana em relação ao processo de desertificação que é um dos sintomas do aquecimento global provocado por um modelo de exploração do meio ambiente que coloca o lucro como valor supremo. No entanto, há correntes de pensamento político e teológico que negam que isto esteja acontecendo, ou não se importam, seja porque acham as outras pessoas que denunciam este processo de alarmistas, ou porque esperam que no futuro Deus gere uma realidade perfeita que independe do que façamos com a criação.
Leia mais: Lutar para salvaguardar a integridade, ou desertificar para garantir o lucro?
A Junta Nacional de Educação Teológica – JUNET mais uma vez oferece para nossa reflexão e aprofundamento teológico a tradução para a língua portuguesa de texto produzido pela Comissão Permanente Inter - Anglicana para Unidade, Fé e Ordem - IASCUFO, no caso os Documentos #3 e #4.
O trabalho da IASCUFO tem sido recebido na Comunhão Anglicana como produto de uma ação coletiva que vem para clarear caminhos da identidade, missão, eclesiologia e produção teológica na Comunhão Anglicana.