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Comunhão Anglicana ama seu jargão – são palavras-chave e frases de moda que surgem em conversas, sermões e discursos. Uma dessas frases é “As Cinco Marcas da Missão.” OAnglican Communion News Service encomendou uma série de artigos analisando cada uma das Cinco Marcas e os publicaremos nas próximas semanas. Neste artigo, Gavin Drake explora seus antecedentes e história.
A Comunhão Anglicana não tem uma autoridade central ou um único órgão de decisão. É uma família de 40 - em breve 41 - igrejas independentes, mas interdependentes. Os quatro instrumentos de comunhão da Comunhão Anglicana - o Arcebispo de Canterbury, o Primates´ Meeting (Encontro de Primazes), a Lambeth Conference (Conferência de Lambeth) e o Conselho Consultivo Anglicano (ACC) - não têm o direito de impor políticas ou iniciativas nessas igrejas-membro autônomas.
Leia mais: As Cinco Marcas da Missão da Comunhão Anglicana: uma introdução
1. Ação de graças por nossos pioneiros e pioneiras. Com gratidão elevamos nossos corações e orações a nosso Deus, Senhor da História e da vida, pelos 129 anos de nossa querida Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. Em 1º de Junho era realizado nosso primeiro culto em português, na cidade de Porto Alegre, iniciando assim a missão voltado ao povo desta terra. A determinação, o zelo, o entusiasmo, a compreensão do chamado de Deus, a fidelidade ao Evangelho, o espírito de oração, a humildade e simplicidade, marcaram a vida, as ações, dos jovens missionários e das pessoas que passaram a se somar a caminhada da IEAB. Homens e mulheres, muitos deles destacados nesta Oitava de Oração pelos pioneiros, que deixaram suas famílias, sua terra natal para atender o chamado de Deus de levar adiante o Evangelho Libertador.
Leia mais: Aniversário da IEAB, 129 anos. 1º de junho de 1890 – 1º de junho de 2019
Jesus nos adverte para não reproduzirmos a lógica mundana das relações baseadas na violência. Vingança, revanchismo são inconciliáveis a ética do Reino, estão em desarmonia com o evangelho. Não há lugar para condutas autoritárias, punitivas, elitistas, classistas, excludentes. Nossas relações cotidianas estão permeadas por essas atitudes, mecanicamente as reproduzimos, estão banalizadas. É preciso resistir a essas estruturas perversas. Cristãos e cristãs que as praticam dão mal testemunho, vivem um anti Evangelho, uma apostasia, que não significa afastamento de instituições ("estar longe de" na etimologia grega). Agindo assim, transformam a imagem cristã em fundamentalista, intolerante, irrefletida e com um nítido projeto de poder para anular a diversidade humana. “Por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre todos os povos!” (Rm 2.24).
Quando afirma ‘sejam misericordiosos’(v.36), nos convoca a atitudes que desmontem, desarmem quem nela crêem como a lógica das nossas relações intersubjetivas. Cabe aprender de um Deus que é misericordioso, e que as relações e experiências cotidianas sejam permeadas dessa misericórdia. Estar em uma constante atitude reativa, de violência verbal, mostrada através de insultos, desqualificação pessoal, xingamentos, palavras danosas que têm a intenção de ridicularizar, humilhar, manipular e/ou ameaçar...
Bispo Sumio Takatsu faleceu há 15 anos, desde então, tenho encontrado pessoas de várias denominações cristãs que me contam que estudaram com ele ou seus textos e o admiraram muito. Eu tenho o privilégio de poder dizer “ele era meu tio”. Sumio Takatsu era meu tio, irmão mais velho da minha mãe.