Confira um novo texto do Projeto: Narrativas, referentes a catástrofe climática no RS.

Projeto Narrativas: Luquinhas e a humanidade: uma parábola

Gabriele Greggersen

Luquinhas era um menino muito levado de sete anos de idade. Ele desfrutava do bom e do melhor em sua casa que era de uma família de classe média-alta. Mas ele não cuidava de seus muitos brinquedos e quando cansava deles, destruía-os sem piedade.
Para piorar a situação, ele atazanava a vida dos meio irmãos do casamento anterior de sua mãe, que eram sete e oito anos mais velhos do que ele. Sua mãe, que dava de tudo a ele, tinha que ter muita paciência.
Primeiro, quando algo não estava do agrado dele, ele jogava as coisas da mãe no chão, dando um considerável prejuízo a ela. Depois ele passou a jogar as coisas pela janela do 1º andar do prédio onde moravam.
A mãe cansou de pô-lo de castigo para refletir sobre as coisas ruins que ele havia feito, mas nada resolvia e ele continuava na escalada de artes que aprontava. A mãe experimentou deixa-lo sem comer determinadas refeições para que ele sentisse na pele as consequências das ações que havia feito, mas de nada adiantou.
Até que um dia, jogando pela janela mais algumas coisas da mãe, ele se desequilibrou e caiu lá em baixo. Graças a Deus só quebrou a perna, mas teve que ir para o hospital e ficar sem andar alguns meses, com direito a engessamento da perna. Isso fez com que ele sossegasse por algum tempo, mas assim que tirou o gesso, voltou a cometer os mesmos delitos que antes.
As coisas começaram a mudar quando a mãe engravidou pela quarta vez e Lucas se sentiu ameaçado de perder o posto de mais novo da família. Isso o desagradou muito e ele passou a odiar o bebê que tinha acabado de nascer, como os irmãos mais velhos o odiavam por ter tirado a atenção da mãe que até então se concentrava neles.
A gravidez só agravou a guerra travada entre os irmãos para piorar o sofrimento da sua mãe, que sonhava com uma família harmoniosa.
Então Lucas teve uma brilhante ideia: Por que não jogar o bebê pela janela? Foi só a mãe o deixar sozinho para cuidar do bebê, que ele colocou o seu plano em ação: Pegou uma cadeira e colocou na janela. Depois pegou o bebê, subiu com ele na cadeira e o jogou.
O bebê não sobreviveu e a tragédia se abateu sobre aquela família.
Assim é a humanidade. Recebe de tudo do Criador, um ambiente harmonioso, coisas para fazer, alimento e segurança. Mas o ser humano quer fazer as suas vontades e insiste em destruir tudo aquilo que recebeu gratuitamente. Até que ele mesmo se prejudicou com suas atitudes, pagando certo preço com a poluição e a destruição da natureza.
Mas ele não aprendeu e persistiu nas mesmas atitudes de irresponsabilidade com o meio ambiente. Para agravar o sofrimento do Criador com a humanidade, as guerras entre os povos se tornaram cada vez mais frequentes, geralmente movidos pela ganância e fome de poder.
Quando os países emergentes se uniram e se fizeram presentes no cenário econômico e político, os países ricos os invejaram por seu potencial e seus recursos naturais, que ameaçavam a sua hegemonia, mas continuaram a explorá-los e nada fazer para impedir a destruição desses recursos.
Até que o cataclisma final se abateu sobre a humanidade com extremos de chuvas torrenciais e secas, verões escaldantes e invernos rigorosos, furacões e elevação do nível dos Oceanos, extinguindo ilhas e países inteiros.
Resta saber o que acontecerá com Luquinhas e com a humanidade após essas catástrofes. Será que eles vão se emendar em tempo de se salvar?
Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.

...

Baixe a versão em PDF e compartilhe! 🙏🏽✝️🛐

[+] Acesse o link direto:

https://encurtador.com.br/8ENx7

* Gostou e deseja participar com textos relacionados com a Crise Climática ou sobre Justiça Ambiental? Então entre em contato pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. (Rev. Bruno Almeida) para mais informações.
.
Aproveite e compartilhe! É de graça e ajuda na divulgação de nosso trabalho!

#projetonarrativas #CriseClimatica #JusticaAmbiental
#colaborador #souieab #cursodeimersao #anglicanismo #centroestudosanglicanos