Centro de Estudos Anglicanos

Os quatorze referenciais teológicos para a missão da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) são princípios fundamentais que orientam suas ações missionárias. Eles abordam diversos aspectos da fé cristã, incluindo a importância da Escritura, tradição e razão, a missão como participação na obra redentora de Deus, a ênfase na justiça social, a dignidade humana, a inclusão e a busca pela unidade entre os cristãos. Esses referenciais fornecem uma base sólida para a IEAB atuar de maneira fiel ao Evangelho e relevante ao contexto brasileiro.

O Dr. Wolfgang H. M. Stefani contextualiza a discussão contemporânea sobre a música na adoração cristã, citando uma pesquisa de Talmage W. Dean. Dean identifica a escolha da literatura musical como um grande desafio no século XX, devido à adoção de estilos musicais variados e novas técnicas harmônicas e eletrônicas. Ele destaca o dilema histórico da música na igreja e a dificuldade de definir "boa" música litúrgica, considerando as diferentes soluções adotadas por diversas congregações, muitas vezes sem diretrizes claras.

Neste capítulo, Denise Figueiredo discute a tensão entre tradição e contemporaneidade em hinários recentes. Ela analisa como os comitês responsáveis por esses hinários abordaram a organização estrutural e a seleção dos cantos, avaliando se reconheceram o conflito entre hinos tradicionais e contemporâneos. Além disso, a autora realizou uma pesquisa social entre outubro e dezembro de 1996 em duas comunidades protestantes de Porto Alegre, uma luterana e outra batista, para entender como os fiéis dessas comunidades veem os cantos e cultos de suas igrejas. A pesquisa incluiu perguntas sobre o problema dos cantos tradicionais e contemporâneos.

No capítulo 6 do livro “Visão Anglicana”, James Griffis aborda a adoração como uma característica essencialmente humana ligada à busca pelo significado da vida. Ele explica que os humanos são únicos em sua busca por respostas para questões profundas e existenciais, que surgem desde a infância até o fim da vida. Apesar de buscarmos respostas, muitas vezes elas não são satisfatórias e nos levam a ponderar questões últimas sobre vida, morte, sofrimento, alegria e amor, que desafiam nossas explicações comuns.