{t4post:head}
Reginald Fuller analisa o livro de John Selby Spong, "Por que o Cristianismo deve mudar ou morrer", onde Spong propõe mudanças radicais para a teologia anglicana e cristã. Fuller argumenta que, embora os desafios de Spong mereçam consideração, suas respostas são problemáticas. Fuller destaca a importância de combinar métodos críticos do Novo Testamento com uma adesão fiel ao quérigma apostólico, aprendidos em Cambridge e Tubinga. Ele enfatiza a necessidade de uma abordagem dual para enfrentar os desafios contemporâneos da teologia.
Leia mais: O Futuro da Teologia Anglicana: em Diálogo com a Teologia de John Shelby Spong
O Rev. Carlos Eduardo Calvani discute os perigos dos rótulos na teologia, que aprisionam as pessoas em posições fixas. Ele destaca que, na Comunhão Anglicana, existem três grandes rótulos: "evangélicos", "anglo-católicos" e "liberais". Esses rótulos vêm acompanhados de discursos explicativos que, muitas vezes, são ingênuos, pouco claros e cheios de preconceitos.
Leia mais: O Liberalismo Anglicano, por Carlos Eduardo Calvani
Rev. Jaci Maraschin destaca que o liberalismo é uma característica fundamental e duradoura do cristianismo nas igrejas da Comunhão Anglicana, expressando-se de diversas maneiras e níveis. A Comunhão Anglicana não nasceu de uma querela doutrinária, e sua teologia sempre se abriu a métodos e intuições de teólogos variados, como Tomás de Aquino e Karl Barth. Mesmo ao adotar a Teologia da Libertação, ela o faz dentro da tradição anglicana, demonstrando sua flexibilidade e abertura teológica.
Na palestra de Rev. Jorge Aquino sobre "A Comunhão Anglicana e o Desafio da Inclusividade", ele menciona que a Igreja Anglicana é considerada "a melhor" por ouvir todos, e "a pior" por exigir que todos ouçam o que têm a dizer. Aquino explora a inclusividade como uma abertura para ouvir e aprender com os outros, contrastando-a com o exclusivismo, que rejeita outras perspectivas. Ele destaca que o exclusivismo é uma característica dos movimentos fundamentalistas, diferenciando-se das religiões estabelecidas.
Carlos Eduardo B. Calvani aborda a expressão "inclusividade" no anglicanismo, destacando temas de autoridade, diversidade e comunhão. Ele observa que o anglicanismo mantém a sucessão apostólica e a tradição católica, mas foi fortemente influenciado pelos movimentos reformadores do século XVI, que acompanhavam a modernidade. A atual crise da Comunhão Anglicana reflete a crise das instituições nascidas com a modernidade, que tentou catalogar e definir tudo, resultando em confissões que buscavam ser a opinião correta sobre a fé.
Leia mais: O Mito da Comunhão Anglicana - entre a Mediocridade e a Inclusividade