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David Ford, professor de teologia da Universidade de Cambridge, escreveu "Brevíssima Introdução à Teologia" considerando que cerca de cinco bilhões de pessoas participam diretamente nas principais religiões. Ele destaca o interesse da mídia nos aspectos negativos das religiões, como conflitos e fanatismo. Ford argumenta que a religião é polêmica e essencial porque estrutura muitos níveis da vida, influenciando civilizações, culturas e identidades pessoais ao longo da história.
Leia mais: Brevíssima Introdução à Teologia de David Ford, por Sumio Takatsu
O Bispo Jubal Neves reflete sobre o mal, destacando que cada ser humano é um filho de Deus, mas que a fragmentação, o caos social e o pecado são realidades palpáveis. Ele observa que muitas pessoas veem o mal como uma frustração significativa e protestam contra eventos inevitáveis, muitas vezes responsabilizando Deus. Neves enfatiza a necessidade de reconhecer o mal como parte da nossa realidade e de compreender que, em alguns casos, os desastres naturais podem ser provocados por ações ou negligências humanas.
Carlos Eduardo B. Calvani discute os desafios para o ensino da Teologia na perspectiva latino-americana, destacando a Teologia da Libertação (TdL) como parte de sua formação. Ele destaca que a TdL nasceu na luta pela sobrevivência na América Latina e focou na prática de libertação, inspirada pelo Êxodo, profetas populares e Jesus, ao invés de definições dogmáticas. A TdL chama a atenção para a miséria e exclusão, denunciando os pressupostos ideológicos de muitas teologias do primeiro mundo. Sua natureza ecumênica permitiu a colaboração entre católicos e protestantes em torno de um ideal comum.
O artigo de Waldemar Barros Neto apresenta a trajetória do pensamento de Jaci Maraschin, destacando sua contribuição para a reflexão teológico-filosófica e litúrgica na América Latina e Brasil. A sistematização epistemológica de Maraschin é dividida em quatro etapas: a preocupação com a teologia e hermenêutica, a transição para a teologia do corpo, a transição para a teologia na condição pós-moderna, e a decepção com a teologia, onde a arte pela arte é vista como o caminho para a religião.
Leia mais: Da Teologia à Pós-Modernidade: a Trajetória do Pensamento Teológico de Jaci Maraschin
Dom Sumio Takatsu aborda a questão da teologia anglicana, afirmando que não há um sistema teológico especificamente anglicano. Ele explica que as Igrejas da Comunhão Anglicana compartilham as Escrituras, os Credos e os sacramentos com outras Igrejas históricas, como delineado no documento "Batismo, Eucaristia e Ministério" do Conselho Mundial de Igrejas. O Livro de Oração Comum é considerado o ponto de referência fundamental para os anglicanos. Na falta de um conteúdo teológico sistematizado, a qualificação anglicana de teologia reside na prática litúrgica e na tradição comum.
Leia mais: Existe uma Teologia Caracteristicamente Anglicana?, por Sumio Takatsu