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LAS REDES SOCIALES EN LA EDUCACIÓN TEOLÓGICA
Apuntes para una teología de la comunicación - La experiencia brasileña.
(Presentación en el II Encuentro de Instituciones de Educación Teológica de la Iglesia Episcopal-Anglicana en América Latina y el Caribe (CETALC).
Ciudad de Panamá, 1-6 de octubre de 2018
Revdo. Dr. Pedro Julio Triana Fernández
Estamos vivendo um tempo de desamor, desrespeito, violações de direitos básicos da pessoa humana. Nas ruas, agressões às pessoas diferentes por conta da condição social, do campo de pensamento, do gênero. País dividido, violências banalizadas. Esse contexto é mais do que atual, é real. Cabe em qualquer crônica dos nossos dias, em qualquer das nossas cidades, pequenas ou grandes, em qualquer das nossas capitais. No entanto, era a conjuntura de uma pequena cidade da Úmbria (região central da Itália) entre os anos de 1182 e 1226, chamada Assis, terra natal de um certo Francisco Bernardone.
No momento em que a guerra era iminente, Assis e Perúgia em conflito (embalado e alimentado principalmente pelos “homens de (e da) fé”), toda a sociedade estava evolvida e embriagada com o belicismo vigente. Por diversas razões, políticas, financeiras e religiosas, cada qual se colocava de algum dos lados. Para os jovens, ambiciosos para obter um título de nobreza, uma oportunidade ímpar. Para Francisco, um “chamado” natural. Servir a um nobre cavaleiro e também se tornar um. Servir a um “servo do Senhor”.
“Nos últimos dias, diz a RUAH, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos;
os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões,
as pessoas idosas terão sonhos.” (Atos 2:17)
Hoje, primeiro de outubro, celebramos o Dia Internacional da Pessoa Idosa. Data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para homenagear as pessoas idosas e para conclamar as sociedades quanto a necessidade de respeitá-las.
Tenho uma mãe idosa às vésperas de completar 75 anos de vida. Lembro-me que quando se tornou sexagenária, sonhava completar 65 anos para poder usar o transporte público gratuitamente. Na ocasião, dizia-lhe eu: “Mãe, é importante que nos lembremos que essa gratuidade não é favor, mas direito adquirido. Assim como os assentos reservados. A senhora e tantas outras pessoas muito trabalharam por longo tempo de suas vidas, contribuíram com impostos e agora é tempo de colher um pouco do que semearam.”
Leia mais: Envelhecer é uma dádiva. Que as pessoas idosas possam sonhar
Envelhecer é um privilégio. Somente envelhece quem está viva. Essa obviedade precisa ser dita e redita até que cada qual tenha consciência de que esse privilégio implica uma responsabilidade singular de ser vez e voz para uma das maiores experiências da vida: o envelhecimento.
Para a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, o mês de agosto é tempo especial para afirmarmos a valorização das pessoas idosas. Sobretudo quando vivemos tempos nos quais envelhecer se tornou perigoso. A dura realidade do aumento da violência contra pessoas idosas nos deve alarmar e nos implicar diretamente, como pequena parcela da Igreja de Jesus Cristo.
Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, “Em 2017, o Ministério dos Direitos Humanos contabilizou mais de 33 mil denúncias de abusos e agressões contra idosos.”
Leia mais: O Perigo de ser pessoa idosa, indígena, mulher e jovem no Brasil.
No dia 21 de março as Igrejas Anglicanas do mundo celebram a memória de Thomas Cranmer, Arcebispo de Cantuária, teólogo e mártir inglês, que conduziu a Reforma da Igreja da Inglaterra nos seus primeiros anos. Após a morte do Rei Eduardo VI (então herdeiro e único filho de Henrique VIII) foi condenado à fogueira pela rainha Maria I (primeira filha de Henrique VIII, conhecida como Maria, a Sangrenta). Sem dúvida, o maior legado de Cranmer foi o Livro de Oração Comum (Book of Common Prayer), o manual de liturgia e adoração pessoal do Anglicanismo.
Diferente do que aconteceu na Reforma Luterana e a Reforma Calvinista, a Reforma na Inglaterra não foi doutrinária, mas essencialmente litúrgica. Dentre as mudanças que o Livro de Oração Comum trouxe para a Igreja Anglicana e o Cristianismo pós-Reforma estão a adoção de uma liturgia na língua local (que na época influenciou a criação de um novo estilo literário e unificação da língua inglesa no Reino), a maior participação do povo nas celebrações e na vida da Igreja (e a celebração comunitária dos sacramentos), e o equilíbrio entre as Escrituras e o Sacramento (a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística que a maioria das Igrejas Cristãs celebra até hoje).
A característica principal do LOC não está em sua língua original, mas em sua estrutura, de modo que, em qualquer lugar do mundo, é possível participar dos ofícios litúrgicos, mesmo sem falar a língua local. Isso é uma das características que marcam a identidade anglicana, ao mesmo tempo em que nos distingue de outras Igrejas Cristãs, criando não apenas uma Comunhão entre os anglicanos espalhados pelo mundo, mas um ponto de unidade em meio à diversidade existente no Anglicanismo.
Texto: Rafael Vilaça Epifani Costa,
Leigo da Diocese Anglicana do Recife
Doutorando e Mestre em Ciências da Religião e
Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
Graduando em Teologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)