{t4post:head}
Os começos do anglicanismo datam dos séculos XVI e XVII, durante a Reforma liderada por figuras como Henrique VIII, Thomas Cranmer, Elizabeth I e Richard Hooker. Este período marcou a formação da identidade anglicana, que se espalhou por várias partes do mundo, adotando culturas locais. O "Estudo do Anglicanismo" (1988), editado por Stephen S. Sykes e John Booty, com a contribuição de trinta e dois autores de diversos países, oferece uma visão abrangente da identidade anglicana.
O ensaio de Dom Sumio Takatsu avalia as teologias desenvolvidas na Comunhão Anglicana, destacando as influências que definiram o método anglicano de discutir teologia, presente nos documentos das Conferências de Lambeth e do Conselho Consultivo Anglicano. Ele questiona se a Comunhão Anglicana coincide com o surgimento das Conferências de Lambeth, e explora a continuidade da Igreja da Inglaterra desde os primeiros séculos do cristianismo, incorporando os princípios da Reforma do século XVI. O texto também aborda a organização de outras Igrejas anglicanas em diversos continentes, originadas de missões ou migrações.
Leia mais: Personagens e Problemas no Nascimento da Comunhão Anglicana, por Sumio Takatsu
A conferência deplorou e condenou práticas como racismo, tribalismo, exploração econômica, injustiça social, tortura, prisão sem processo e pena de morte, por serem contrárias aos ensinamentos de Jesus Cristo. Conclamaram os governos a defender a dignidade humana e os direitos humanos, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, e agradeceram a Deus pelos que testemunham sua fé em meio à perseguição e martírio.
Leia mais: Resumo das Conferências de Lambeth de 1978 e 1988
John H. Westerhoff define o temperamento anglicano como um conjunto de características distintivas de pensamento e comportamento dentro da tradição anglicana. Este temperamento é compreensivo, ambíguo, mente-aberta, intuitivo, estético, moderado, naturalístico, histórico e político.
A introdução de Elisete da Silva analisa as visões de anglicanos e batistas sobre a escravidão entre 1860 e 1890, focando na Bahia British Church (Saint George Church) e na Convenção Batista Baiana, em Salvador. Os anglicanos são destacados como o grupo protestante mais antigo e representativo do protestantismo de imigração no Brasil, enquanto os batistas representam o protestantismo missionário, com a Primeira Igreja Batista do Brasil organizada em Salvador em 1882. O estudo se baseia na ideia de que a religião é parte constitutiva da cultura, dialogando com outros elementos culturais e ajudando a definir e justificar as relações sociais.
Leia mais: Visões Protestantes sobre a Escravidão, por Elisete da Silva